Hora de comer, ou não

Eu não sou mãe, nunca tive que educar outra pessoa, muito menos uma criança, mas tem coisas que o bom senso e observação me dão o direito de observar e criticar.

Esclarecido isso, vou à cena que vi hoje no Mc Donalds.

Uma mãe e uma filha, de uns 4 anos, almoçando. Quando sentei, a criança brincava com o balão que ganhou lá e a mãe falava ao celular. A filha deixou o balão cair na mesa vizinha, foi lá, buscou, a mãe continuou ao telefone, olhando para todos os lado menos para a pequena Luisa Luiza, Elisa, Lisa, ou qualquer coisa com esta sonoridade que voltara à mesa com seu balão. Ela largou e começou a brincar com o brinde do Mc Lanche Feliz, derrubou o brinquedo, foi pra baixo da mesa e pegou. A mãe ainda no telefone. A mãe desligou, pegou o sanduiche, esticou pra pequena que deu uma mordiscada. Pouco depois, ela ofereceu o sanduiche novamente, mas a criança estava entretida demais para comer.

A mãe pegou seu iphone, discou e voltou a falar com outra pessoa que não sua filha. Luiza derrubou de novo o brinquedo. Dessa vez a mãe, ainda ao telefone, tentou proteger a cabeça da filha. Depois a garota derrubou o brinquedo mais uma vez, aí a mãe foi ela mesma buscar. Sem desligar. Enquanto isso, oferecia o sanduiche vez ou outra, e vez ou outra ele era recusado pela garota. Não a culpo, afinal aquele espelhinho era muito mais legal que carne de minhoca!

Liza estava certíssima em seu papel de criança, querendo brincar, faltou à mãe dizer que hora de comer é hora de comer, e depois é hora de brincar. Mas acho que a mãe mesmo não sabe a diferença da hora de ficar com sua filha para a hora de falar ao telefone.